Ecomuseu de Maranguape e Escola Municipal José de Moura: uma práxis crítica, criativa e dialógica na comunidade rural de Cachoeira, Maranguape, Ceará, Brasil.
Nádia Almeida  1, 2, 3, 4@  , Raju Abrunhosa  2, 5, *@  
1 : Instituto Paulo Freire de Portugal
2 : Ecomuseu de Maranguape
3 : Escola Municipal José de Moura/Prefeitura Municipal de Maranguape
4 : Programa doutoral em Ciências da Educação - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto
5 : Instituto Politécnico do Porto
* : Autor correspondiente

Ecomuseu de Maranguape e Escola Municipal José de Moura: uma práxis crítica, criativa e dialógica na comunidade rural de Cachoeira, Maranguape, Ceará, Brasil.

Autores: Almeida*, Nádia; Abrunhosa**, Raju.

O Ecomuseu de Maranguape, localiza-se no distrito rural de Cachoeira, Maranguape, Ceará, Brasil, desde 12 de outubro de 2006. Resulta de uma ação dialógica (Freire, 1987) entre os educadores da Escola Municipal José de Moura e a ONG Fundação TERRA. A gênese social do projeto inicia-se com a Agenda 21 local do distrito em 2005. Apesar dos indicadores sociais adversos por ser uma comunidade de baixa-renda, vem produzindo por meio do patrimônio cultural uma educação popular e emancipatória, sobretudo por autoconhecer-se como criadora do 1º Ecomuseu do estado do Ceará, que objetiva colaborar com a transformação social a partir de ações educativas (Mattos, 2010) e de processos museológicos críticos e criativos com os sujeitos do e no território (Varine, 2012). A investigação, teve como objetivo identificar práxis educativas críticas e criativas desenvolvidas entre a Escola e o Ecomuseu. A metodologia valeu-se de uma ferramenta experimental de recolha de dados qualitativos - TEUS (Temas e Unidades de Significado) (Almeida, 2018) e a análise dos dados realizou-se com base na ideia-estruturante do método da avaliação construtivista (Guba & Lincoln, 2011). Ambos os métodos contou com a participação de representantes dos segmentos da comunidade local e das instituições parceiras do projeto. Os resultados sinalizaram para importância do patrimônio cultural como vetor de desenvolvimento local e para a ampliação equânime do capital cultural produzido e reproduzido pela Escola. Por outro lado, constatou-se como fragilidade dentre os significados elencados, a baixa participação da população idosa e seus respectivos saberes. Quanto as práxis, identificou-se com um resultado dinâmico a proposta dos jovens participantes do Ecomuseu de Maranguape que elaboraram e atualmente encontra-se em andamento, um novo projeto, denominado ‘Curadoria Educativa: Museu, Escola e Território para uma Educação Integral'.

Palavras-chave: Ecomuseu, Escola, Comunidade, Saberes Dialógicos.

Referência 

Almeida, N. (2018). Educação Patrimonial & Criatividade: Território, Aprendizagem e Empatia nos Ecomuseus e Museus Comunitários. Dissertação Mestrado, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Universidade do Porto, Portugal.

Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido. 17ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 

Mattos, Y., & Mattos, I. (2010). Abracaldraba: uma aventura afeto-cognitiva na relação museu-educação. Ouro Preto: UFOP. 

Guba, E. & Lincoln, Y.(2011). Avaliação de quarta geração. Campinas: Unicamp.

Varine, H.. (2012). As raízes do futuro: O Património a Serviço do Desenvolvimento Local. Porto Alegre: Medianiz.

*Doutoranda em Ciências da Educação na Universidade do Porto. Associada ao Instituto Paulo Freire de Portugal.

** Mestrando em Cinema Documental na Universidade Politécnica do Porto. 



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