FORMAÇÃO GESTUS: UM PROCESSO PARA A CONSCIENTIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA ESTUDANTIL
Débora Fabiana Freire Pereira  1, *@  , Kleicer Cardoso Rocha  2, *@  
1 : Débora Fabiana Freire Pereira
2 : Kleicer Carodoso Rocha
* : Auteur correspondant

Este trabalho objetiva compreender as contribuições do grupo de trabalho “Formação Acadêmica”, iniciado em 2013 na Gestão Estudantil Universitária Integrar (GESTUS), visando que as(os) membras(os) possam ampliar suas categorias de análise da realidade e, desta forma, possam agir sobre ela. A GESTUS faz parte do Projeto de Educação Comunitária Integrar, é constituída por estudantes de graduação, pós-graduação, pré-universitários e professores do Projeto Integrar e tem por finalidade a luta pela permanência da classe trabalhadora estudantil nas universidades públicas do Brasil. A GESTUS organiza-se em quatro pilares: Apoio Financeiro, Apoio Psicológico, Apoio Pedagógico e Formação GESTUS. Esta pesquisa justifica-se por estar baseada em experiências e teorias relacionadas a educação popular freiriana. A metodologia utilizada foi empírica participativa, o processo de aprendizagem, e toma como base as leituras dirigidas e as formações desenvolvidas pelas(os) membras(os) no GT supracitado. Na pesquisa bibliográfica utilizou-se referenciais teóricos de Freire (2015), Del Roio (2018) e hooks (2017). Vale frisar que a Formação GESTUS (Política e Acadêmica) contribui para o processo de formação da classe trabalhadora universitária e compreende um processo de construção coletiva, que dialoga com as múltiplas realidades, na busca de alternativas de transformação social. Indaga-se: as formações alcançam resultados para além da agregação de novos conhecimentos e, propicia que as(os) membras(os) possam ser agentes de luta nos espaços que atuam? De acordo com a análise, ocorreram onze formações entre o período de janeiro a novembro de 2019, foram lidas(os) dezenove autoras(es) no total, sendo 32% autoras(es) do coletivo GESTUS. No recorte de gênero, foram 68% autoras, 32% autores e não tivemos formação a partir de autoras(es) transgênero. Ainda, segundo a pesquisa, 74% são autoras(es) negras(os), 26% brancas(os) e 0% indígenas. Autoria brasileira soma 89% e a estrangeira (origem cubana e alemã) 11%. As temáticas mais lidas abordam a questão étnico racial, urbanidade, periferização, ditadura civil militar, saúde mental, educação popular, classes sociais, gênero e Projeto Integrar. Freire (2015, p.14) afirma que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. hooks (2017, p. 25) corrobora com a ideia: “a educação como prática da liberdade é um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender”. Daí a necessidade da GESTUS criar suas condições, para o processo de ensino aprendizagem, visando ampliar os conhecimentos das(os) membras(os) (DEL ROIO, 2018). Conclui-se que o processo de formação desempenha um papel relevante na conscientização das(os) membras(os) da GESTUS.



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