PROPOSTA DE OFICINA
CAPITALISMO, DISCURSOS DE ÓDIO E DIREITO HUMANO E FUNDAMENTAL À EDUCAÇÃO EMANCIPADORA
Coordenadora: Sabrina Colares Nogueira – Professora da pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Pós-doutoranda pela Faculdade de Educação da UFMG. Doutora e Mestre em Direito pela PUC-MG - linhas de pesquisa: Democracia e Inclusão Social. Especialista em Humanidades pela PUC-RS; em Educação Superior e Infantil pelo IPEMIG; em Gestão Escolar pela USP e em Direito do Trabalho Ítalo-brasileiro pela UFMG.
A oficina ora proposta tem por objetivo a reunião de comunicações orais cuja problemática se relacione com a tensão entre o projeto expansionista do capital e o direito humano e fundamental à educação emancipadora, que contemporaneamente tem sido fomentada pelos discursos de ódio por meio das mídias digitais. Tendo como plano de fundo o projeto capitalista de domínio social, pesquisas que visam expor os mecanismos econômicos de instrumentalização da educação no contexto contemporâneo serão analisadas colaborativamente. Dentre os instrumentos de submissão social, os discursos de ódio fomentados pelas mídias digitais têm capitalizado a inconsciência de classe provocada pelo domínio neoliberal, o que, por sua vez, subjuga a importância da educação emancipadora. A partir deste contexto, objetiva-se nesta oficina analisar, criticamente, como a engrenagem tecnológica tem corroborado com a construção de massas de manobra inconsciente que permitem a perpetuação das desigualdades sociais. Por meio de exemplos contemporâneos de submissão do direito à educação ao capital, pretende-se comprovar que o projeto neoliberal vai de encontro com o projeto emancipador da educação social no modelo freiriano. Neste sentido, o objetivo específico do grupo de trabalho é o debate acerca de alternativas para o enfrentamento da obstacularização do acesso à educação emancipadora, em especial no contexto da revolução tecnológica digital, cuja alienação social tem sido potencializada pelas mídias digitais. Com base na pedagogia crítica freiriana, em especial sob seu viés educativo para a mídia, o desafio é criar um espaço de diálogo crítico entre as várias formas de conhecimento, provenientes de todos os nichos sociais, de forma plural e democrática, para que então o enfrentamento dos discursos de ódio seja possível, por meio da educação social afetiva, capaz de construir alternativas educacionais que se apropriem das ferramentas digitais para difusão da educação emancipadora na era cibernética.